sexta-feira, 31 de julho de 2015

Concorrência desleal

Acabo de ver um curso de inglês online que cobra 59 reais por mês. 59 FUCKING reais por mês. Isso é menos do que a hora/aula que eu cobro. Esse curso é um "braço" de uma editora gigantesca, que investiu e criou um sistema de ensino todo automatizado.

Como concorrer com isso?

59 reais, meu povo. É o valor de um jantar, é o valor de umas biritinhas. 59 reais é dinheiro de pinga. Não tenho como competir com isso.

Tá foda, Brasil.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Tem horas em que você para e reflete. E se auto-analisa. E vê que putz, tá bom não. Tá legal não. Tu não tá fazendo nem 1/10 do que deveria, e, embora parte disso seja compreensível, há uma parte que não é porque ela se resume a: você perde tempo com coisas bobas. E o Triângulo das Bermudas da falta de produtividade, para mim, é o Facebook.

Eu acabo escrevendo muitas coisas lá, coisas que eu poderia escrever aqui. Eu percebi que eu realmente não consigo ficar sem escrever, seja onde for. E lá é fácil, as pessoas estão lá, e eu não divulgo esse blog porque é tão pessoal que chega a ser vergonhoso. E lá vai um texto, um textão, uma semi-crônica, uma reflexão. Um comentário no grupo de professores de inglês, um começo de discussão por conta desse comentário. Aquele texto sobre a Dilma, aquele texto sobre depressão, aquele texto sobre vícios, aquele texto. Vídeos de gente engraçada, comentários, mais vídeos, e quando eu vi eu estava soterrada num mundo que não é o meu.

Recentemente um amigo falou "amor, você está gastando energia demais com coisas desnecessárias". Eu não desprezo o mundano, sabem. O mundano faz parte, as frivolidades idem. Mas quando isso está te atrapalhando e fazendo que seus níveis de procrastinação estejam tão altos quanto a poluição em Pequim, é porque chegou a hora de admitir: você tem um vício.

E resolvi gritar um SÓ POR HOJE, e desativei minha conta de lá, temporariamente.

Não acredito em dieta detox mas estou num detox do Facebook. Primeiro dia: fiz em 4 horas o que não fazia há dias. Segundo dia: nada de mais porque fiquei muito ocupada, mas li. Livro. Algo que eu não fazia há muito tempo. Terceiro dia: pretendo ir passear no Centrão porque tirei o dia de folga. Quarto dia: pretendo trabalhar e render no meu trabalho.

E assim por diante.

Uma vez fiz isso com o Twitter e funcionou. Nunca mais eu tive o mesmo hábito doentio de ler tweets compulsivamente. Vamos ver se agora conseguirei ser resgatada do Triângulo das Bermudas da Produtividade e começar a colocar minhas ideias de dominação mundial em prática.