segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Aquele vexaminho gostoso no Natal

Sempre passo o Natal com a família do meu marido, no interior do Ridijanê. Pensem num lugar quente. O calor do Rio é dureza porque não é só o calor, é a umidade, é aquele suadouro quando você acaba de sair do banho, é aquela coisa do corpo todo ficar molhado o tempo inteiro, e não de uma maneira sensual. Não tem como ser sensual quando seu buço sua o tempo todo. Sério.

Resolvi usar uma blusa de alcinha, e pensei que a melhor alternativa para conter os peitos era aquele invisible bra. Aquela parada que cola nas tetas, isso mesmo. Já usei em casamentos e deu certo, por que não daria certo lá, com uma simples alcinha?

Já foi difícil aquele trem colar com a transpiração no stop. Mas colei. Passei parte da noite me certificando que estava tudo no lugar - pensando agora, eu acho que as pessoas devem ter achado que tenho algum TOC com relação aos meus peitos.

A prima do meu marido levou o videogame e tinha jogo de dancinha. GEN-TEM, vocês sabem o quanto eu amo dancinhas? E jogo de dancinha? Pois bem, eu amo, não resisto. Já fiquei com torcicolo por me dedicar muito à coreografia de "Whip my hair" - o pescoço quase deslocou, mas minha pontuação foi máxima, SCORE.

Estávamos lá pulando horrores, dançando. Uma música, ok. Duas músicas, o sutião começou a dar uma soltadinha. Três músicas e eu dançava com uma mão livre a outra segurando um peito, mas parar de dançar, jamais. Quatro músicas e PAH, pari um sutiã. O danado escorregou e caiu pela blusa, caiu no chão, e a a família olhando pra mim. Recolhi aquele pedaço de borracha cor-da-pele do chão, chacoalhei no ar e disse "Ih, gente, caiu tudo, tá tudo solto aqui".

Guardei o invisible bra na bolsa. E como se nada tivesse acontecido, com a maior cara lavada do mundo, voltei à dancinha. Pulei menos, mas ganhei o jogo.

Flawless victory.