sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A família que eu quero

Eu leio o para Francisco e sempre me emociono. Os textos que a Cris escreve, a maneira com que ela demonstra o amor que tem pelo filho e o amor que tem pelo pai de Franscisco são lindos - difícil pensar em outra palavra. Hoje li um texto e chorei. Eu não tenho estado muito chorona - eu já fui a Maria Berreiro - meu máximo atualmente são lágrimas de leve que vão embora rápido. O que me faz chorar mesmo, como chorei lendo um dos textos da Cris, é o assunto "família". Não é o quesito "pai" da família, como muitos podem pensar, e sim pensar que eu não fui fruto de um amor bonito como o que gerou Franscisco e o medo enorme que tenho de que eu gere um filho também sem amor e sem uma história bonita para ser contada. Eu quero muito, muito ser mãe, mas meu desejo não é apenas o da maternidade. Eu quero uma família de comercial de margarina mesmo. E aí eu choro porque esse tipo de sonho, em que há a necessidade de outros para que ele se realize, é o mais passível de acabar em decepção. No entanto, eu sou honesta o suficiente para admitir que eu penso sim, em filho acordando e indo pular na cama em cima de mim e do pai dele - meu provável marido. Mas ao mesmo tempo em que eu tenho esses devaneios, eu não planejo nada disso propriamente. Vejam bem, eu tenho um relacionamento que não se chama namoro com um rapaz mais novo com quem eu decididamente não penso que se tornará meu marido algum dia. Se eu fosse levar a ferro e fogo meu desejo de família feliz eu estaria solteira à procura de um homem acima dos 30 anos que demonstre minimamente que quer um relacionamento estável. Então ou eu sou irresponsável com o meu sonho de família margarina ou eu simplesmente deixo as coisas acontecerem - a segunda opção me agrada muito mais. Porque isso de procurar não dá certo. Eu não sei o que dá certo, mas ao menos eu tenho tentado viver tirando o melhor proveito das coisas que me acontecem. Felicidade, um amor, um filho. Não é demais querer que isso aconteça daqui um tempo, é?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Essa minha TPM que me mata...

Quando você desliga o telefone na cara do seu rapaz sem motivo algum, só porque entendeu algo que ele disse da maneira como sua loucura quis, é hora de dar com a cabeça na parede. Ou, menos dolorido, é hora de ir ao médico fazer um check-up anual e verificar seus níveis hormonais e pedir um remédio para a TPM. Há dois meses que eu me transformo numa mistura de Odete Roittman com Nazaré durante a minha TPM. Estou preocupada porque nunca fui assim. Eu sempre fui das que fica emotiva e chora porque tropeçou no meio da rua. Sempre foi assim: TPM = choro. É novidade isso de ficar louca da periquita e surtar e ficar irritada a ponto de... desligar o telefone na cara de alguém que gosta de mim e de quem eu gosto. Logo depois da merda feita, me dei conta do quanto eu havia sido... idiota. E liguei pedindo desculpas. Porque geralmente eu estou certa quando brigo com ele (haha), mas eu nunca, nunca dei chilique. E dessa vez eu não estava certa coisa alguma. Então eu peço desculpas porque a vida é curta demais pra se ter orgulho bobo. O moço desculpou e eu expliquei que achava que era TPM e que ia procurar meu médico. Juro que acho que ouvi um suspiro de alívio do outro lado da linha. Porque né, dois meses seguidos aturando meus surtos psicóticos, não há homem que agüente.

E aí recorro à compreensão e simpatia de minhas amigas telespectadora porque só outras mulheres entendem o que é essa fase hormonal na vida de uma mulher. Como eu disse, eu nunca havia me sentido assim, levemente psicopata. Achava, inclusive, que era exagero das mulheres em geral - porque eu sempre acho que mulheres exageram, e mulher exagerada pra mim, só nos filmes do Almodóvar e olhe lá. Mulher-personagem-na-vida-real me irrita profundamente. E mulher-personagem-na-vida-real é o tipo de mulher que corta o pinto alheio e culpa a TPM. Aí eu vivenciei o redemoinho hormonal e vi que não é exagero. Não éééééééé. Zentzie, você fica surtada e quando viu, já foi. Já teve ataque, já falou merda, já descontou em pessoas que não têm nada a ver com seu útero. Eu preferia minhas crises de TPM com choro, porque o choro é meu, o útero é meu e ponto final. Não gostei disso de compartilhar TPM. Mesmo porque homens não entendem. E é fogo. Porque você fica com a imagem de doida, mas AMIGÔ, é HORMÔNIO.

E aí eu penso: os homens não deviam ser mais compreensivos? É por isso que desejo intensamente que todos os homens vivenciem por um dia as agruras da TPM. No mais, se não quer aturar mulher e hormônios em fúria, vá pegar em pau alheio, né. Porque numa boníssima, a matemática é simples: mulher + útero + hormônios = TPM Glenn Close.

sábado, 13 de setembro de 2008

Mamma Mia


Nós temos um pacto: no longo processo de envelhecimento pela qual passaremos, se alguma de nós encaretar e virar uma caga-regras insuportável que não se diverte mais, as outras duas têm o direito de dar umas bifas na encaretada. É nosso pacto anti-caretice, selado e registrado na noite em que tiramos essa foto, bebemos 4 garrafas de Lambrusco e jogamos wii como se não houvesse amanhã.

Hoje assisti "Mamma Mia" com a bela rapariga à esquerda dessa foto. Sobre o filme tenho a dizer: se você não gosta MUITO de musicais e dancinhas como eu, não vá assistir. No entanto, caso você tolere o esquema uma frase-três estrofes cantadas, vale a pena. Porque tem Meryl Streep e essa mulher arrasa. Canta, dança e usa roupas ridículas. O tipo de coisa que eu gostaria de fazer se fosse atriz. Eu queria chegar aos 60-e-ave-maria e estrelar um filme que se passa num ilha lindíssima na Grécia, onde eu canto, danço, me jogo no mar, faço dancinhas ao som de "Dancing Queen" e ainda dou uns pegas no Pierce Brosnan, tudo isso usando roupas justas e psicodélicas. Pierce tá enxutão, dá bem um caldo. Mas falando de Meryl, eu acho que sempre amarei qualquer coisa que essa mulher fizer. S2 total.

No filme Meryl tem mais duas amigas e as melhores cenas do filme certamente são quando as três estão juntas. Três tiazonas bizarras aprontando altas aventuras. E elas cantam, dançam, bebem e dão risada. Muita risada. Eu tenho certeza que esse será meu futuro, juntamente com as belas da foto. Tenho certeza que teremos uma velhice não-convencional onde falaremos palavrões enquanto ouvimos alguma música bem, bem brega. Tenho certeza que sempre nos ajudaremos a ser felizes.

É piegas pra caralho dizer isso, mas eu tenho pouquíssimas certezas na vida. E minhas raízes são baseadas em coisas que geralmente não seriam consideradas raízes. Essas duas fazem parte das minhas certezas e das minhas raízes. A certeza de que ninguém vai encaretar. E a certeza de que se eu for parar numa ilha onde o vento faz a curva, eu terei sempre as minhas meninas para me socorrer. Ou rir comigo. Ou me fazer beber.

That's amore.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu penso em mil posts durante o dia. Mas esqueço de todos. Twitter sendo atualizado dicunforça, mas me dá preguiça de logar aqui, pensar em texto, publicar, blablabla. A vida continua a mesma correria e minha maior novidade é que dançarei salsa na apresentação de final de ano da escola de dança. Sim, eu vou participar da apresentação. Estou me sentindo adolescente que faz apresentação de jazz, mas eu nunca fiz jazz e na minha adolescência eu choraria se me colocassem num palco. Mas eu sempre gostei de dançar e, mesmo com pânico de palco, eu secretamente achava o máximo aquele frisson todo de apresentação que via minhas amigas passarem. Bem, realizarei meu sonho adolescente em dezembro rebolando ao som de salsa - que é um dos meus estilos musicais favoritos. Não sei quem será meu par porque os professores é que definem isso. Estou com certo receio de ser algum perna-de-pau, mas enfim, pra tudo se dá um jeito na vida. Fora isso eu gostaria que os dias tivessem mais horas e os fins-de-semana mais de dois dias porque, sinceramente, não dou "conto" de tudo não.