sábado, 16 de junho de 2007

Talvez haja justiça...

A não ser que haja dois tarados agindo na região onde eu moro, o doente que me seguiu foi preso. Aparentemente, além de seguir, falar obscenidades e bater punheta na frente de mulheres, ele também estuprava algumas. E foi uma vítima que o denunciou - uma mulher muito corajosa, além de ter tido a coragem de fugir do nojento, teve a coragem de ir à delegacia. Segundo minha vizinha, que viu a notícia na TV, ele mora num prédio de classe média alta, é casado e tem uma filha de 6 anos. Andava pela região à noite, com roupa de ginástica, porque provavelmente era essa a desculpa que dava pra esposa. Nos dias em que violentava as mulheres, ele estava de carro, o carro do pai.

Pode ser que não tenham prendido o mesmo cara que me seguiu, ainda que eu prefira acreditar que sim - não é lá muito reconfortante pensar que a região onde moro possa ter dois maníacos sexuais. De acordo com o que a minha vizinha disse a respeito da roupa do filho-da-puta e do que contaram algumas vítimas que foram prestar depoimentos (ele estuprou, com certeza, mais de 3 mulheres), é mesmo o senhor-ato-obsceno. É inevitável pensar "dos males o menor" - eu não sofri nenhum tipo de violência física, graças aos céus. Pensei na revolta e alívio que as mulheres que foram abusadas sexualmente devem ter sentido. E no quanto um fucked up desses tem que sofrer. E muito.

domingo, 10 de junho de 2007

Everything will be alright

The truth is: I'm fucking freaking out.

It could be PMS. Just 'cause it's easier to blame something that everybody says "oh, ok, I understand, hormones". Another truth? Nobody truly understands it, it's just that's better to say you do, it's women-bitching shield. Which leads me to another truth: the P from PMS is no longer appliccable to my condition, so I'm afraid I can't use this as an excuse anymore. Besides, I've never used all this monthly hormonal mayhem to justify my paranoias.

And everything is so impermanent nowadays. The life you know may change in a second and you'll certainly be caught short-handed, and then you do what every human being is supposed to do: cry, curse and finally adapt to the new reality. No choice, no questions asked. "Hey, do you accept this change?". I'd say yes if the change is about getting rich and being able to travel all around the world. I'd say no if the change is about being sent to the middle of a jungle to live from watching birds. You know, I've thought of more exciting things to do with my life, no offense to the birds.

I've always welcomed changes. I've always thought that they can turn things around, even when, at first, they may look like a Boogie Man. I've always considered them necessary. Changes in the career, wow, love them. And I've always coped with changes in a relatively non-freaking-out way. But, let's face it, or, even better, let me face it: this year IS a change. Everything's been so different from everything I've lived. Then, another truth: I'm afraid the next changes will be difficult to handle. And I know I can handle them, as I've said before, I can always handle them, it's just a matter of following the steps: cry-curse-adapt. And you may say "come on, you can do it!". But it's not only about work. It's about a whole bunch of things.

Reality will make me work at a time I'd rather stay alone.

Finally, the last truth for this very long text that no one will read: even though I'm freaking out...

"I never knew, I never knew
But it's alright...
Everything will be alright
Everything will be alright
Everything will be alright
Everything will be alright"

Hopefully.

sábado, 9 de junho de 2007

Explosão hormonal

Terça-feira eu surtei grandão. Os seres humanos, a vida, o universo, tudo mais, o 42, o sentido da existência: tudo, absolutamente tudo me irritava. O engraçado é que apesar dos anos de experiência na área tepeêmica, sempre que me vejo assim (com o perdão da expressão chula), louca da buceta, inicialmente eu me esqueço que há explicações científicas e corporais para o fenômeno e dá-lhe sentir culpa por odiar tudo e querer mandar até a velhinha da fila à merda. Eu ACHO que quando fico assim acabo ficando engraçada porque meu mau humor é quase caricato, eu ACHO que foram poucas as vezes em que descontei em alguém meus hormônios em fúria, por isso faço, aqui e agora (Gil Gomes lhes diz), um mea culpa: foi mal aê se algum dia surtei com você. Ou com você. Ou com você.

Tudo isso pra introduzir o que realmente aconteceu: eu trabalhei hoje, emenda de feriado. Sim, pessoas (plural, veja bem) quiseram ter aula. Afinal, pra quê ficar em casa dormindo, vendo TV, coçando o saco e tirando pêlos do nariz se você pode ter aulas de Inglês às 7:30 de uma sexta-feira, não é mesmo? E quando vi meu horário na quarta-feira à noite, fiquei ligeiramente emputecida (mais): eu daria aula às 7:30, 14:00 e... das 18 às 19:30. Ou seja, dia perdido. Nada de ir à exposição na Faap com meu amigo, nada de dormir, nada de chegar em casa ainda com o belo entardecer outonal pairando sobre minha cabeça. E aí fiz o que qualquer mulher na TPM, emputecida, com os nervos à flor da pele faria: reclamei.

Eu tenho uma teoria de que pessoas que chegam 10 minutos antes da aula das 7 da manhã, pessoas que almoçam no shopping às 11:30 da manhã num domingo de Sol, pessoas que querem ter aulas em emenda de feriado, pessoas que estão sempre extremamente felizes e radiantes e que parecem saídas de alguma porcaria de palestra motivacional, enfim, pessoas mala em geral, não têm vida sexual. Não que a minha seja alguma mistura de "Contos do Marquês de Sade" com Sodoma e Gomorra, mas né, convenhamos, enfim, isso não vem ao caso.

Juntemos, então, minha reclamação à minha teoria. TCHARAM! Temos exatamente o tipo de coisa que eu estava falando a outros professores quando meu chefe adentrou a sala.

- Sabem o que é isso, minha gente? FALTA DE VIDA SEXUAL. É isso mesmo. Esse pessoal não gosta de enfiar o pé na jaca, não sabe viver, tem a namorada ou esposa ali do lado e aí? Vem ter aula em emenda de feriado até 19:30. Que que é isso, né? Acho que vou começar a incluir nas aulas algo do tipo "how to life a full life".

Meu chefe abre a porta e faz cara de espanto:

- O que você está dizendo?

TPM, minha gente. TPM. E saco cheio também.

- Eu acabei de dizer que as pessoas não têm vida sexual. Fazem sexo cobertas com lençol. Você não acha? Eu tenho vida fora daqui, você também, mas as pessoas, Fulano, pelamor, hein. Sexo, gente, sexo é saúde. Pratiquem.

Meu chefe com cara de passado. Todos os outros rindo. Eu dei meia volta e saí da sala, ainda repetindo todo esse discurso sobre vida sexual.

Ontem eu comecei a tomar uma pílula que evita a TPM. Não que eu precise, sabem (ironia, ironia)... Mas é melhor garantir.

domingo, 3 de junho de 2007

Salve o Google

Uma rápida checada no contador é a alegria da petizada. Chegaram aqui procurando por...

Tatuagens de borboleta - amiga dona-de-casa, segundo pesquisas do Instituto Empírico e Estatístico Misbehavoriano, 9 em cada 10 mulheres têm uma tatuagem de borboleta. E, geralmente pra não deixar a borboleta voando sozinha, complementam com um coração, uma estrela e uma flor. Porque não basta escolher um tema batido, tem que escolher quatro temas batidos. Desista, gata. Respire fundo, vá ouvir uma bela canção, pense na paz mundial - essa vontade de tatiagem de borboleta há de passar. E cuidado com ideogramas japoneses também. Grandes chances de você andar por aí achando que está transmitindo paz, amor ou harmonia e na verdade estar apenas com um "chupo tudo" em alfabeto kanji estampado nas costas.

CâMAra (sic) escondida pega mulheres tirando a roupa - amiga dona-de-casa, Luciano Huck também é cultura. Que tal assistir o "Soletrando", todos os sábados à tarde?! É divertido, é informativo, você pode aprender algo, minha senhora. Esqueça o programa do Márcio Garcia. Fé em Deus e nos Santos da Ortografia, irmã. Quanto à parte do "mulheres tirando a roupa", cada qual com sua punheta, não é mesmo? Mas aqui, nesse blog, nem pensar. Que aqui é todo mundo de família.

Safadinhas MSN - amiga dona-de-casa, q? (pior é que eu entrei no link da busca e as pessoas REALMENTE colocam msn, com direito a descrições acaloradas de posições, lambidas e afins, nos sites. Toda uma indústria do MSN pornô e eu aqui, mandando emoticon do Borat e do Carlton dançando)

MSN de pessoa mexicanas (sic) - amiga dona-de-casa, COMASSIM? Deixe a pessoa mexicanas em paz! *bate o pé* Não revelo, não revelo e não revelo, nem sob tortura, o msn de pessoa mexicanas! Porque a pessoa mexicanas vai falar é só comigo, visse bem? Sua inhazinha invejosa, vai procurar msn de pessoa colombianas, peruanas, argentinas. Deixe o mexicanas em paz! Sai pra lá, sai pra lá! (meu blog é a quarta ocorrência nessa busca, sendo que em nenhum post eu falei algo a respeito de msn de pessoas mexicanas... Vai entender!)

Melhor puteiro da Augusta - amiga dona-de-casa, sempre tão ingênua e mal-informada, deixe a titia te explicar uma coisa: as casas de tolerância da Rua Augusta são conhecidas pela tosquice. Mulheres feias (isso quando são mulheres) ficam na porta dos puteiros tentando laçar clientes. Os seguranças tentam laçar clientes. Fazem ofertas, chamam os casais felizes que por ali andam, rumo a lugares como o Charme, o Vegas e o Ibotirama. Néon, decoração chinfrim, nada ali pode ser considerado "melhor", a não ser que por melhor a pessoa se refira a "melhor do tosco". Confesso: eu já fui em um. Paguei 5 reais e ganhei uma cerveja e uma caipirinha. Vi um show de strip e filme pornô no telão, com o astro Matheus Carrieri. Uma dessas experiências que se leva pro "túmbalo", menina. Mas assim, melhor, melhooor eu não diria que era não... E tive meio receio de sentar no sofazinho. Tudo ali parecia meio... grudento. (detalhe: meu blog é a PRIMEIRA ocorrência nessa procura. JEMT, que reputação, hein)

Música evangélica que dê para dançar em festa junina de maternal - amiga dona-de-casa, e é com essa pesquisa que mais parece nome de filme do SBT, que eu encerro a programação de hoje. Mas antes, breve análise a respeito dessa busca tão... peculiar. Meu blog é a primeira ocorrência pra uma pesquisa de música evangélica, o que prova que o Google é um menino maroto muito pândego e fanfarrão. Quanto senso se humor numa ferramenta de busca, garotão! Aí vem o complemento: não é só música evangélica. É pra dançar. E não só pra dançar. É pra dançar em festa junina. De maternal. É muito... específico, não?! Eu nem sabia que evangélicos tinham festa junina. E nem sabia que o Google conseguiria resolver um dilema tão complexo. Fico aqui, matutando: quadrilha evangélica deve ser legal pra caramba, né?

Olha a macumba!
QUEIMA JESUS!
É mentira...
SENHOR SEJA LOUVADO!

Paguemos o dízimo!
ALELUIA!!!
Só 500 reais, irmão?
QUEIMA EM NOME DE JESUS!

Foi o cão que botou pra nóis bebê!
SAI DESSE CORPO!
Iê, iê, iê... Sem você não viverei...
SANGUE DE JESUS!