terça-feira, 24 de abril de 2007

Life is a cabaret, old chum

Eu vivo dizendo que a vida seria muito mais divertida, bacana e menos estressante se tivéssemos alguns momentos de musicais. É, musicais mesmo, minha gente: Cabaret, Chicago, My Sweet Charity, Moulin Rouge, Grease - a oferta é grande, escolha o seu. Não é segredo pra ninguém que eu AMO dançar. Não que o faça bem, muito pelo contrário: nas aulas de jazz que fiz meu corpo não entendia o conceito de direita e esquerda e meus braços faziam uma coisa, minhas pernas outra, o que seria o normal e seria até bom, mas eram coisas descordenadas e fora do que a professora estava ensinando. E ela ia prum lado, eu ia pro outro. Sei lá, eu culpo aquele espelho enorme. Não estou acostumada a dançar olhando pro espelho, nas BUATCHIS não têm espelhos daquele tamanho. O que não deixa de ser uma desculpa, visto que eu danço em casa mais do que em boates. E na frente do espelho.

E hoje eu lembrei de minha teoria sobre a vida musical quando senti uma vontade louca de sair rebolando ao som de Ricky Martin. Não, você NÃO leu errado: É Ricky Martin mesmo. Arrãm, aquele ex Menudo que canta "1, 2, 3!". Coincidentemente essa é uma das músicas que eu senti vontade de dançar. Já ouviram o "MTV Unplugged" dele? Então ouçam, é do babado. E lá estava eu, no busão, indo pra casa do caralho dar aula. O caminho é longo e o busão não tinha glamour. Ou melhor, andar de busão é a representação do não-glamour. As pessoas (suadas e uó) entravam no busão (feio) com aquelas mesmas caras bovinas e eu fingindo que era séria com meus ócris de sol enormes. Mas na minha cabeça, todo mundo já estava dançando e fazendo coreografias.

Coreografias podem ser bem bregas e as que eu faço geralmente são bastante. Mas eu gosto, danço estilo OK Go, estilo Pequena Miss Sunshine, estilo Mônica e Ross na festa de Ano Novo - são várias as modalidades. Mas hoje eu faria uma performance bem latina e caliente no meio do veículo automotor coletivo, com toda a minha malemolência e conhecimento de ritmos latinos, enquanto as pessoas, na hora do "1, 2, 3! Um pasito pa'delante Maria" colocariam as cabeças pra fora, tipo adolescente em excursão, cantando junto e fazendo o pessoal no trânsito se animar. No "un pasito pra trás", já com as cabeças restantes pra dentro (o trânsito aqui é muito hostil, né zentzie) novamente, todos fariam uma jogadinha de corpo/cabeça pra trás.

Simples. Fácil de ser seguido. Não exige conhecimentos dancísticos. E pô, divertidão. Por que a vida não pode ter momentos musicais?

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Avô

Meu avô teve um apagão essa semana. Esqueceu-se de tudo e de todos, só tem lembranças desconexas. Acha que um dos meus tios é primo dele, não reconhece a esposa (minha avó morreu há 20 anos), não lembra de minhas primas. Mas ele reconheceu a minha mãe e logo que a viu, hoje de manhã quando ela foi visitá-lo, perguntou por mim. Disse que está com saudade e chorou porque sente minha falta e falta da minha avó. É lógico que eu chorei escondidinha depois que minha mãe me contou isso. Minha convivência com meu avô foi muito intensa até meus 9 anos, morávamos na mesma casa. Depois disso, ele foi morar num bairro afastado aqui na cidade e nos vemos bem menos. De uns anos pra cá, menos ainda.

Minha mãe disse que ele sempre foi muito bravo e autoritário com ela, muito mesmo. Mas que meu nascimento fez ele mudar bastante - e que comigo ele era doce como ela nunca havia visto ele ser. crianças são capazes disso. As lembranças que tenho dele são de um homem austero, baixinho de voz muito grossa e forte, nunca muito afeito a contato físico; mas que cuidava de mim quando eu era criança e, à maneira dele, gostava de conversar comigo, estar presente e saber de mim. resolvi procurar por fotos nossas e encontrei algumas realmente lindas.

(No casamento do meu tio mais velho, eu de nariz vermelho pois tinha acabado de chorar. Mas vejam a cara de ¬¬. Desde pequena eu fazia olhar de ¬¬ - achei isso sensacional!)

(Meu avô, mulato. Minha avó, italianona. Lindos, os dois. Minha avó, toda grandona, sempre altiva. E meu avô, baixinho, com olhar de bobo :~~)


(Essa foto é outra lindeza, pois tem meu avô me deixando quase puxar os bigodes dele e minha mãe sorrindo ali ao fundo)


Sinto uma saudade enorme da minha avó e entendo muito por que meu avô chama por ela nos momentos de perda de lucidez. Não sei qual será minha reação quando eu for visitá-lo, tenho medo de chorar, de desmoronar, de olhar pra ele e ver ausência. É quase inaceitável que alguém como ele perca a lucidez. E nesses momentos, temo muito a velhice. A de quem eu amo e a minha também.

domingo, 15 de abril de 2007

Paulo Leminski

"Tão doce, tão cedo
Tão já
Tudo de novo vira começo"

:-)

Chega, né?!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

And then she says almost everything I wanted to say

Shoot the moon
(Norah Jones)

The summer days are gone too soon
You shoot the moon
And miss completely
And now you're left to face the gloom
The empty room that once smelled sweetly
Of all the flowers you plucked if only
You knew the reason
Why you had to each be lonely
Was it just the season?

Now the fall is here again
You can't begin to give in
It's all over
When the snows come rolling through
You're rolling too with some new lover
Will you think of times you've told me
That you knew the reason
Why we had to each be lonely
It was just the season

---

Was it just the season?

There's another Norah Jones' song called "what am I to you?". The lyrics are kinda cheesy - needless to put them here. However, sometimes I get myself wondering exactly this stupid and torturing question. What am I to you?

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Diálogos de academia

Eu geralmente entro muda e saio calada da academia. Quando consigo fazer aulas de localizada ou de dança, entro na sala, sento sobre o colchão e fico quieta com cara de quem está se concentrando (mas hein?). Mentira: estou prestando atenção na conversa das outras pessoas. Esse é um dos meus passatempos favoritos quando estou sozinha, mas não contem pra ninguém porque eu sei que fazer isso é coisa que o Papai do Céu não aprova. E lá estava eu com cara de "estou muito me preparando pra essa aula que me deixa descadeirada" quando ouço:

Aluna: Ai, professora, na última aula eu não pude vir e até chorei, acredita?
Professora: Não...
Aluna: Mas foi, tive uma crise de choro! Eu paguei pro meu filho ir a pé pra escola, mas ele levou meu celular...
Professora: Pagou? Pro seu filho ir pra escola?
Aluna: É! Senão eu teria que levá-lo de carro... Mas ele levou meu celular, e eu não posso ficar sem celular. Fui atrás dele e quando o encontrei tive um chilique. Chorei muuuito pois tinha perdido a aula e fiz ele ficar com remorso.
Professora: Nossa...
Aluna: É sério, acho que preciso de terapia.
Professora: Meninas, vamos começar?

Tirando a sensacional participação da professora (sério, eu queria muito rir com as respostas dela no estilo "vou ali lixar as minhas unhas enquanto você fica aí falando bobagens"), eu digo: depois o filho de uma criatura dessas vira um maníaco depressivo e ninguém sabe o motivo né? Ser filho de uma mãe que tem crise de choro porque perdeu a aula de localizada não deve ser nada fácil. Se essa família fosse pro Super Nanny, a mãe é que teria que ficar no cantinho da disciplina.

É por essas e outras que o mundo está tão virado do avesso.

domingo, 8 de abril de 2007

Família, família - ou - mais um post longo


Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality.

---

Dwayne: You know what? Fuck beauty contests. Life is one fucking beauty contest after another. School, then college, then work... Fuck that. And fuck the Air Force Academy. If I want to fly, I'll find a way to fly. You do what you love, and fuck the rest

---

Eu usava um par de óculos quase igual ao da Olive e também tinha problema de peso, mas ao contrário: eu era magra feito um bambu novo. A única vez em que me inscrevi num concurso foi de Miss Caipirinha e fiquei com tanta vergonha de subir num palco e dançar qualquer coisa que fosse que congelei - as outras meninas bem desinibidas dançando alguma música caipira e eu lá, bambu que não mexia com o vento. Era uma festa junina num sítio, minha família toda vendo, eu fui desclassificada, obviamente. Mas lembro de minha avó rindo e dizendo que um dia eu ainda ia perder aquela timidez toda. Profética, minha avozinha. Eu nunca teria a coragem da Olive de fazer toda uma coreografia prum monte de gente, não com a idade dela. Por mais que eu tenha me identificado com algumas coisas da menininha, eu admito que a identificação é muito mais atual do que deveria ser, o que não deixa de ser, er... peculiar.

O fato é que eu achei o filme genial. Os personagens geniais. E destaquei esses dois diálogos (embora um seja somente uma fala) porque me chamaram realmente a atenção. Life is one fucking beauty contest after another e isso não poderia ser mais verdadeiro. Mas ali havia uma família - louca, cada um mais loser que o outro e isoladamente eles eram bem freaks. Bem, juntos também. Mas eles subiram no palco e dançaram com a Olive. Saí do cinema pensando exatamente nisso: tenho certeza que minha família subiria no palco e dançaria comigo. Por mais freaks que nós todos sejamos, eles subiriam no palco e dançariam - e acreditem, por mais que eu tenha quase 28 anos na fuça, isso é um conforto e tanto.

--------

Nessas duas últimas semanas eu só comprovei que sim, minha família subiria no palco e dançaria comigo. Se meus amigos mais próximos têm sido verdadeiros anjos, minha família tem sido anjo e meio. E eu olho pros meus familiares, pra cada um deles, e enxergo direitinho no que eles são freaks. Meu padrinho, meu modelo masculino pra vida toda, fala tanto de sexo quanto um evangélico fala de Jesus. Já minha mãe é a Santa Tentativa Mista de Madre Teresa e São Francisco. Ela não fala palavrões. E, se até uns anos atrás ela era difícil comigo, hoje em dia ela é uma manteiga derretida de tão fofa. Ela fica chocada comigo, dizendo que sou muito ácida, muito maldosa, muito linguaruda, mas morre de rir dos meus comentários sobre tudo. E eu devo a ela minha paixão por musicais, coreografias e que tais.

Minha tia, segunda mãe, é esotérica. Daquelas de fazer feng shui, falar sobre gnomos e entender tudo sobre cromoterapia. Ela é professora, e foi minha professora do maternal ao pré. Minha mãe e ela trabalhavam numa escola alternativa, onde a época de provas tinha nome de lances indígenas e meditação. Minhas primas são teatrais, falam bobagem até não poder mais, imitam os outros e ainda têm aquela coisa adolescente de achar que o diferente é errado. Todos, sendo eu a única exceção, são muito religiosos: freqüentam centro espírita toda semana, faça chuva ou faça sol. Eu e minhas primas crescemos num ambiente religioso, mas ao mesmo tempo livre. E eu cresci nesse balaio de gente bem diferente e que, falando assim, parecem mesmo muito estranhas; mas que são a base que eu sempre tive, que tenho, e que eu amo.

E aí nessas últimas semanas, que têm sido um pouco complicadas, eu ganhei abraços silenciosos. Daqueles em que não é preciso falar nada, sabem? E ganhei Nhá Benta, Nutella e flores da minha mãe. E compreensão. Minha prima veio aqui em casa fazer minhas unhas, porque "linda, você pode ficar triste, mas perder o glamour, jamais!". Meu tio enfrentou tempestade pra me levar pra comprar coisas aqui pra casa, e gastou o sábado do feriado pregando luminárias e cortinas pra mim, só porque eu disse que ficaria feliz em ver minha casa mais arrumada. E ontem, quando todo mundo se juntou na casa das minhas primas, e todos falavam ao mesmo tempo, rindo, depois discutindo, depois voltando a rir, enquanto tirávamos fotos esparramadas no sofá e eu ouvia as histórias adolescentes das minhas primas, eu lembrei de "Pequena Miss Sunshine". E de como, nesses últimos tempos, minha mãe, meu tio, minha tia e minhas primas, cada um à sua maneira, têm subido ao palco e dançado comigo. E, mesmo com 28 anos na fuça, adulta, independente, quase o homem da casa e quase mãe da minha mãe, isso continua sendo um conforto e tanto. Porque tem horas que só colo de família ajuda.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Preguiça

Preguiça, meu povo. De interagir, de sair, de me arrumar (logo EU!). Preguiça de discutir, de dar ouvidos a picuinhas, de me preocupar com o desnecessário. Preguiça de quem faz questão de ser do contra 24 horas por dia e 7 dias por semana, mas também muita preguiça de quem não pensa e acha que o mundo é realmente uma maravilha. Preguiça, aliás, do mundo. Esse vasto mundo que está cheio, lotado de gente sem noção. Preguiça de gente que acha que escrever errado é legal, preguiça de todas as miguxas do mundo inteiro, de gente que acha que quanto menos souber, melhor. Preguiça de chiliques. Preguiça de MSN, de conversar no MSN, de discutir no MSN. Aliás, disso eu nem tenho preguiça - me recuso a qualquer tipo de discussão via internet, porque é burrice. Aliás, preguiça de burrice também. Preguiça de meninos que entram em discotecas de boné. Camiseta regata. Colarzinho de côco. Ou tudo isso junto, o que é muito pior. Preguiça de gente que ouve música no celular usando o speaker: eu não quero ouvir sua música ruim, mané. Preguiça de gente que se intitula "alto astral" - isso pra mim é parte de chamada pra Sessão da Tarde.

Enfim: preguiça. Mas é temporária. Uma hora isso passa e eu volto à convivência em sociedade. E quer saber? Espero que passe logo - porque não adianta ter preguiça ou se irritar: o mundo vai continuar exatamente do jeito que está. E aprender a conviver com tudo isso que me incomoda é essencial pra que eu continue saudável. Quiçá feliz.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

O tarado

Num dia em que eu queria que o mundo explodisse e não restasse nem poeira cósmica pra contar história, eu fui abordada por um tarado. Abordada e seguida. Estava voltando da última aula do dia, 9 e pouco da noite, com a pastinha na frente do peito, bem professoral. Perdida em devaneios desagradáveis, consegui ouvir o homem que passava falar frases que envolviam as palavras chupar, pé, inteira, gostosa e pau. A criatividade pra juntar essas palavras em frases nojentas é toda de vocês. Eu estava num dia péssimo, com direito a crises (plural) de choro. E eu sou invocada, ODEIO me sentir invadida. O que fiz, do alto de meus 1,58 de altura? Revidei. A quinta geração desse çerumano com certeza padecerá da praga que roguei nele e em seus entes queridos.

Revidei e segui pela estrada afora, sempre sozinha. Não ouvi NADA. Nem passos, nem respiração, só meus pensamentos zunindo. Entrei no prédio e, logo após fechar o portão (não há porteiro aqui) e começar a subir os primeiros degraus (não há elevador aqui) eu ouvi alguém tentando forçar a entrada, seguido de batidas fortes e insistentes no vidro. Olhei pra trás, ainda distraída. E vejo o çerumano com a bermuda abaixada e o pau pra fora. Mas não é só isso, minha gente. Além de ser abordada pelo doente, de ver o pau dele sem ter, em momento algum daquele dia, manifestado o menor desejo de ver um pau, ele ainda estava se masturbando. Tudo isso e de graça! Porque não vale seguir uma mulher na calada da noite e ficar de pau duro: você TEM que fazê-la ver. E não só ver: fazê-la ouvir MAIS de suas frases escrotas. Eu comecei a gritar feito uma louca que ele fosse embora e que eu chamaria a polícia.

---

Há um livro do Stephen King em que a mulher, depois de picardias sexuais, fica algemada à cama num casebre no meio de uma floresta no Maine (claro). O maridão, no meio da alegria orgasmática, morre de ataque cardíaco. E ela lá, algemada. Dias se passam. Com muito custo ela consegue beber a água do copo perto dela. Mas vocês sabem: aquelas florestas temperadas são ninho de psicopatas. TODO FILME com algum maníaco mostra alguma parte de uma floresta temperada. E o livro não fica atrás: pra completar o sofrimento da moça, um louco vem dia após dia ao casebre para ficar observando-a. Ele não faz NADA. ele apenas a encara. Por horas.

---

Eu gritava e não tinha coragem de subir as escadas. Minhas pernas não obedeciam. Mas ele só me olhava. Em certo momento, ele parou de falar, parou de se masturbar, por muitos segundos ele apenas me encarou. Loucamente. Corajosamente. Foram segundos em que eu me senti desnudada, frágil, atingível, um pedaço de carne dispensável. Aí ele resolveu ir embora, mas não sem antes dizer que ele agora sabia onde eu morava. Por que o "agora"? Porque ele já havia passado por mim outras vezes, poucas, é verdade. E tinha mexido comigo, mas eu tinha simplesmente passado reto. Acho que não preciso descrever meu pânico, minha crise nervosa ao entrar em casa, o tanto que eu chorei e amaldiçoei o mundo inteiro. É verdade, "pelo menos eu não fui agredida fisicamente". Mas o transtorno que esse episódio causou, o fato de ter sido a cereja do meu bolo de problemas, a lembrança do olhar dele, das coisas que ele falou: tudo isso é inesquecível, ainda que, graças a Deus mesmo, nada tenha me acontecido fisicamente.

Tive que ir à delegacia, e é aí que entra a parte tragicômica:
- Ele disse que ia me chupar.
- Chupar como?
- Chupar, senhor.
- Seu orgão sexual?
CARAMBA. Não! Ele ia chupar meu globo ocular. A dobra do meu braço. Minhas panturrilhas. E assim, chupar como? Será que eu tenho mesmo que explicar? Uma palavra: constrangedor. Saldo do dia: por ao menos um mês não posso sair à noite desacompanhada. O que gera toda uma tática de guerrilha pra eu voltar do trabalho: caso não tenha carona, minha mãe ou meu padrinho vão ao ponto de ônibus me buscar. Só pra coroar ainda mais todos os acontecimentos, já que uma das coisas que mais me tiram do sério é ter meu direito de ir e vir tolhido.

E a lembrança do livro pode ser exagerada sim. Afinal, não fiquei algemada. Não fui observada por dias. Mas é a sensação de estar vulnerável, quase à mercê da loucura alheia, que me fez traçar esse paralelo. E o cara não é um bêbado. Nem mendigo. É um cara que está sempre com roupas de ginástica. Deve deixar a esposa fazendo o jantar enquanto faz seu footing noturno e molesta mulheres. Depois chega em casa e tem jantar quentinho esperando.

Eu quis sumir por uns 3 dias. Agora estou melhorando.

domingo, 1 de abril de 2007

Testosterona no ar


Gerard Butler, o Leônidas de "300".

Eu adoro filmes de guerra, sangue, luta, testosterona na telona, etc e etc. Vocês acham isso muito masculino? Coisa de homem? Tá, meu bem. Vá assistir a esse filme e depois a gente conversa. Não se trata apenas do corpo perfeito: a cena em que ele dá um pega geral na rainha é sublime. Porque quando eu escrevo "pega" eu quero dizer que ele PEGA MÊMO HEIN. Lógico que existe toda a magia dele ser um rei forte, másculo, honrado, homem que bate o pau na mesa e luta pelo que acredita até o fim; mas que ama, é bom, é... enfim, é muita coisa. Eu admiro personagens assim. Personagens, né, meu povo. Porque na vida real, ainda não existe não.

E olha que eu nem gosto de homem muito forte. Mas Gerard... Ai, Gerard... Ai...